terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Hoje

Hoje continuo a viver, a andar, a sorrir, a chorar, a ler e a escrever
Mais logo ensino, mimo, janto e durmo
Descubro mais um cabelo branco, mais uma prega na pele mais uma ruga na face.
Quero parar o tempo mas ele foge. Quero apagar os erros, mas não tenho borracha.
Quero agarrar, pegar, beijar, abraçar embalar os meus meninos,
mas eles já não estão lá.
Ficou o vazio que tento encher com lufadas de não sei quê.

Carradas de amor nasceram comigo mas estão de tal maneira presas no meu peito,
que chega a faltar-me o ar.
Em que altura da minha vida cresceram as grades desta prisão?
Na infância infeliz ou na adolescência mal vivida?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

sozinha comigo

Que tristeza!
Tinha tantos amigos... e agora não tenho nemhum.
Estou no fundo do poço. Não posso desistir porque precisam de mim.
Também sei que mais tarde ou mais cedo vou p´ró lixo, mas amo as pessoas por quem vivo.
Queria tanto ser feliz, alegre bem disposta.
Queria ter saboreado de forma diferente a vida.
Queria ser recordada com carinho, deixar recordações agradáveis, memórias luminosas.

Não sou suja, mas sucho.
Sou humilde e pareço convencida.
Sou pobre e pareço rica.
Sou velha e pareço nova.
Sou feia e pareço bonita.